Em junho de 1994, através de um estudo de impacto sobre a campanha e o BBS, verificou-se que os computadores disponibilizados não possuíam manutenção, quando quebravam ficavam inutilizados. Nasceu então a idéia de se abrir Escolas de Informática e Cidadania (EIC). A primeira foi inaugurada na favela Santa Marta, em março de 1995.
Nelas aprende-se noções básicas de informática, Windows, Word, Excell, Access, Powerpoint, Internet e manutenção de computadores. Também aborda discussões envolvendo temas como os direitos humanos, sexualidade, não-violência, ecologia e saúde. As comunidades ou ONG`s interessadas em abrir uma EIC, passam pelas seguintes etapas: Devem entrar em contato com o CDI, que solicitará um projeto onde deverá constar seu histórico detalhado. Nessa etapa será avaliada a importância da entidade, para a comunidade onde atua.
Na próxima fase, a entidade recebe uma visita dos técnicos do CDI que irão verificar as instalações, colher informações do local e conhecer os coordenadores da escola. Três integrantes da entidade são indicados para serem capacitados, dois educadores e um para manutenção dos equipamentos. Através dessas pessoas o conhecimento técnico será transmitido para as comunidades de origem. Sendo tudo aprovado, são cedidos 5 computadores e permanente assessoria técnica.
As escolas são auto-sustentáveis, cobrando uma mensalidade média de R$10. Também podem ser financiadas por empresas que investem em marketing social. Até crianças em situação de rua, jovens com deficiência visual e comunidades indígenas foram beneficiadas.
O grande trabalho social do CDI não para de crescer. Atualmente um grupo de trabalho chamado (GT-Web) desenvolve um trabalho de capacitação de jovens na área de desenvolvimento de web-sites, criação e análise estratégica de banco de dados, programação em HTML e utilização de ferramentas profissionais como Photoshop, Dreamweaver e Home-Site.
Em janeiro de 1999, foi criada uma EIC na Penitenciária Lemos de Brito; em maio de 2000 foi a vez do Instituto Philippe Pinel, que presta serviço psiquiátrico. O programa é pioneiro na América Latina e tem o objetivo de reintegrar os pacientes à sociedade através da informática.
Os interessados em conhecer melhor o trabalho do CDI devem clicar no atalho para o site, que está no link parceiros, na página da ANF.
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